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La Paz encanta pela cultura e paisagens, mas cuidado com a altitude

Situada a 3700 metros acima do nível do mar, La Paz, a capital da Bolívia surpreende o visitante que subestima a riqueza de sua cultura, história, pessoas e paisagens.

A primeira visão de quem chega à cidade de já impressiona: ela parece ter sido construída em uma imensa cratera, cortada por um rio e rodeada por um altiplano de 4100 metros de altitude, onde está situado o Aeroporto de El Alto. O ar rarefeito, as ruas sinuosas e a grande quantidade de ladeiras tornam os passeios a pé ainda mais desafiadores.

Para afugentar os efeitos da altitude, o chamado “soroche”, os moradores recomendam ingerir muita água e consumir folhas de coca, seja mastigando ou bebendo o chá preparado com elas.

Aliás, a coca tem uma presença fundamental na vida na Bolívia, e em especial de La Paz, a ponto de haver um museu dedicado apenas à coca. No local, o visitante conhece toda a história de seu cultivo no país, a importância dela na economia do país, os métodos de cultivo, os produtos derivados dela e suas propriedades. No Museu da Coca o turista pode degustar balas feitas com a folha e comprar este e outros produtos.

O que conhecer no Centro de La Paz

Por ser uma cidade fundada em 1548, La Paz possui construções históricas interessantes, que remetem à colonização espanhola, com influências da cultura indígena original. A rua mais preservada é a Calle Jaen, que ainda preserva seu estilo colonias e abriga os principais museus da capital boliviana.

Visita a Casa de Murillo, em Laz

A residência do líder da revolução de independência do país, conquistada em 1809 guarda móveis e objetos da época, além de contar o processo de libertação da Bolívia.

Museo de los Metales Preciosos

Um edfício construído no século 16, reúne um acervo com artigos em ouro e prata, feitos antes da chegada dos espanhóis, além de cerâmicas da cultura Tiwanaku, máscaras funerárias e até mesmo uma múmia.

Museo Tiwanaku

Outro local onde estão presentes diversos artigos do povo que habitou o local antes da chegada dos espanhóis, como peças em tecido, tapeçaria, armas e artigos em cerâmica.

Museo de Los Instrumentos Musicales

Abriga diversos instrumentos de corda, percussão e sopro utilizados nas diferentes regiões da Bolívia. Destaque para as flautas adornadas com motivos eróticos.

Museo del Litoral Boliviano

À primeira vista pode parecer uma contradição, pois a Bolívia é o único país da América do Sul que não conta com uma saída para o mar. Mas é justamente sobre isso que este museu trata: o local expõe bandeiras, armas, mapas e outros objetos relacionados com a Guerra do Pacífico, travada contra o Chile em 1879. Foi neste conflito que a Bolívia perdeu acesso ao litoral. É, portanto, uma museu sobre uma guerra perdida.

Mercado das Bruxas, La Paz
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Mercado das Bruxas de La Paz

La Paz é repleta de lojas e barraquinhas de ambulantes que comercializam todo tipo de buginganga, mas é no Mercado de las Brujas que estão disponível os itens mais curiosos. São artigos para quem deseja fazer feitiçarias, como ingredientes para “poções mágicas”, amuletos e (uma das coisas mais bizarras do mundo) fetos desidratados de lhamas, que dizem ter inúmeras utilidades: de impedir o desabamento de casas em caso de terremotos até a cura de impotência sexual. Além dos artigos místicos, o lugar oferece souvenires, roupas de lã, tapetes, peças em metal e cerâmica.

Igrejas católicas em La Paz, Bolívia

É forte a presença católica em La Paz, como ocorre em outras cidades sul-americanas. Há diversas igrejas imponentes, as de Santo Domingo, San Pedro e San Francisco. Mas a mais importante é a Catedral Nuestra Señora de La Paz, que foi construída em 1831.

Teleféricos de La Paz

Inaugurado em 2014, seguindo o modelo implantado em Medelin (Colômbia), o sistema de teleféricos liga as partes mais altas da capital boliviana (a 4100 metros acima do nível do mar) à parte mais baixa (3700 metros de altitude). No total, são sete linhas, que são utilizadas tanto por turistas quanto pelos próprios moradores como transporte cotidiano.

Como não sofrer com a altitude

Dor de cabeça, cansaço, febre e vômitos são alguns dos sintomas sentidos quando uma pessoa chega a um local de muita altitude – mais de 3000 metros acima do nível do mar. Com o ar mais rarefeito, é muito mais difícil de realizar atividades comuns como caminhar.

A melhor maneira de combater os efeitos da altitude é fazer um processo de aclimatação, que normalmente se completa em 24 horas. Neste período, a pessoa deve realizar atividade física moderadamente (não se aventure em longas caminhadas pela cidade e muito menos encare uma trilha ou escalada). Também não pode ficar em repouso absoluto, pois isso vai fazer o período de adaptação à nova altitude ainda maior. É preciso se hidratar constantemente. Beba muita água.

Diamox- Muitas pessoas costumam tomar remédios para combater os efeitos da altitude (remédios pa dor de cabeça, contra vômito etc). Há também quem recorra ao uso do Diamox, cujo princípio ativo é a Acetazolamida. O Diamox é um medicamento prescrito para manter a pressão ocular normal no tratamento de glaucoma. Mas ele é utilizado também para combater o mal da montanha, sem doses entre 125 e 250 mg, duas vezes ao dia.

Mas atenção! Os efeitos do Mal da Montanha variam de pessoa para pessoa. Algumas são muitos mais suscetíveis e podem ter problemas mais sérios. Portanto, é preciso estar atento e não relutar em procurar ajuda médica.


RETRATOS DE UMA CAPITAL INDÍGENA

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