Monte Roraima
Viagem

Caminho ao Monte Roraima é castigante, mas compensador

As expedições para o Monte Roraima partem da cidade venezuela de Santa Elena de Uiarém, localizada bem na fronteira, vizinha da brasileira Pacaraima. De lá, vai-se de pick-up até o Parque Nacional de Canaíma, onde começa a caminhada.

São 14 quilômetros até a margem do Rio Tek, onde se passa a primeira noite. O percurso tem altos e baixos, sem a parte mais difícil um trecho extremamente íngreme, não por acaso denominado La Prueba.

No segundo dia, percorre-se mais nove quilômetros, passando por uma uma pequena capela construída em pedra no meio do nada, a Ermita de Santa Maria de Tok, e atravessando no trajeto o rio Kekenan, até chegar ao acampamento base no sopé do Monte Roraima.

Caminho ao Monte Roraima é castigante

 A subida ao altiplano é feita por uma trilha de aproximadamente seis quilômetros de extensão, em formato de um “V” deitado. Da base do Monte Roraima (que está a 1880 metros acima do nível do mar) ao topo, a diferença de altitude é de mil metros.

No topo do Roraima, existem locais bem definidos para serem instaladas as barracas dos exploradores, mais seguros contra as chuvas e ventos fortes e as bruscas quedas de temperatura — não é raro serem negativas durante a noite. São chamados de “hotéis” e cada um recebe sua denominação. Os mais procurados são:

– El Índio, localizado a cerca de 5 quilômetros da chegada do cume, tem capacidade pra oito barracas.

– São Francisco, com capacidade para oito barracas

– Principal, o maior do monte com capacidade para 60 barracas

Jaccuzzi no Monte Roraima

Há outros, espalhados ao longo do platô: Sucre, Maverick, Guacharo, Basílio, Uno, Yakuzzi (perto das jacuzis), Bolívar, Arabopô e Arenal. Na porção brasileira do monte, há ainda os hotéis Quati e Nuevo.

Alguns “hotéis” têm espaço adequado para montar as barracas, instalar uma cozinha improvisada e local afastado o suficiente para ser o “banheiro”. Outros nem tanto, como o “hotel dos cristais” que, apesar de oferecer uma exuberante vista para o Vale dos Cristais, é tão estreito que só é possível fincar três das quatro pontas da barraca — a quarta fica suspensa no ar, sobre o precipício e, se pessoa se mexer muito durante o sono, pode acabar no fundo do abismo.

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