Por marcozero Compartilhe Compartilhe Viagem O que visitar em Budapest 1170 visualizações0 Budapeste é uma capital europeia que se demora um tempo para entender a sua dinâmica. A começar pelo idioma, o húngaro. Esta cidade de aproximadamente 1,8 milhão de habitantes é dividida pelo Rio Danúbio (o segundo mais longo da Europa, e que também atravessa outras duas capitais do continente), e não apenas geograficamente. Na prática, duas cidades distintas: Buda, onde ficam as construções mais históricas, e Pest, mais moderna e também muito atraente. Ponte das Correntes A maneira mais interessante de ir de uma parte à outra é pela Széchenyi Lánchíd, a Ponte das Correntes, que garante boas fotos aos turistas e cenário para muitos filmes. Inagurada em 1848, era um assombro de modernidade para a época. Com 380 metros de extensão e 14,8 metros de largura, possui 5.200 toneladas de ferro. Nela, tem-se uma visão privilegiada de outros pontos emblemáticos de Budapest, como Parlamento (em Peste), o rio Danúbio, a Igreja de São Matias e a fortaleza Bastião dos Pescadores (em Buda). Detalhes curiosos são as estátuas de leões esculpidas em pedra, nas duas extremidades da ponte: o localizados em Pest estão com a fisionomia fechada e os do lado de Buda, com a fisionomia amigável. As pessoas de Buda dizem que os leões “sorridentes” estão agradecendo a visita à Buda. Parlamento O imponente prédio nas margens do Rio Danúbio chama a atenção pela beleza e grandiosidade. Levou 17 anos para ser construído, ao custo de 38 milhões de coroas de ouro. O edíficio tem 268 metros de comprimento, 123 de largura e uma cúpula de 96 metros de altura – com formato similar à do Capitólio de Washington (Estados Unidos). O Parlamento húngaro tem 152 estátuas na parte interna e outras 90 na externa, adornos em ouro que, somados, pesam 40 quilos, 27 portas, 29 escadas, 13 elevadores. Além do Poder Legislativo, o complexo abriga o escritório do primeiro ministro, na ala norte, e o do presidente da República, na ala sul. Outro destaque do prédio é a sua bela biblioteca, que tem um acervo de meio milhão de volumes. Castelo de Buda Bem próximo à Ponte das Correntes, o Castelo de Buda atrai a curiosidade pelo seu estilo arquitetônico e as histórias que preserva. Uma construção do século 15, no passado se chamava Palácio Real, e durante muito tempo foi residência da família real húngara. Ao longo da história, foi diversas vezes destruído e reconstruído (ataques otomanos, de cristãos, na Segunda Guerra Mundial), mas as suas principais características originais seguem preservadas. O Castelo de Buda permite uma visão privilegiada de Budapest. Atração à parte são os artistas de rua que se apresentam no local, caracterizados com roupas típicas e tomando instrumentos ancestrais. Sapatos às margens do Danúbio A Segunda Guerra Mundial ainda se faz presente em várias partes da cidade, que foi praticamente destruída por bombardeios – 75% dos prédios históricos foram destruídos e depois reerguidos, respeitando a arquitetura original. A presença de judeus também é marcante. Cerca de 450 mil foram assassinados em campos de concentração, a maioria em Auschwitz. Às margens do rio Danúbio, há uma instalação artística que lembra as vítimas de fuzilamento naquele local: dezenas de sapatos forjados em metal, numa alusão ao que restou daqueles húngaros. Museu do Terror Outro local que guarda tristes lembranças é o Museu do Terror, instalado no prédio onde funcionou a sede do Partido Nacional Socialista (nazista) húngaro durante a Segunda Guerra e as polícias políticas – o Escritório de Segurança Estatal (ÁVO) e depois Autoridade de Segurança Estatal (ÁVH). Tudo nele impressiona, a começar pelos retratos das vítimas torturadas e mortas durante o regime comunista, nas paredes externas do edifício, passando pelo saguão que recebe o visitante com uma música fúnebre e um tanque de guerra logo no primeiro ambiente de visitação. O lugar é escuro, claustrofóbico, trágico. Pelas salas, as histórias das pessoas presas, torturadas e mortas por conta de divergências políticas. Endereço: na Av. Andrássy, n. 60. Café New York Fica em Budapeste o café mais bonito do mundo. O Café New York reunia a nata da sociedade húngra e intelectuais no início do século 20. Luxuoso e glamoroso, o interior do Café New York possui piso e colunas em mármore e banhadas a ouro, lustres de cristais e belíssimos murais no teto. Produtos saborosos e preços convidativos, excelente atendimento e algumas surpresas para os brasileiros. Um pianista executa repertório que inclui clássicos da música erudita e da música brasileira, especialmente Bossa Nova. Endereço: Erzsébet krt.9-11, Budapeste Cidade de spas Antes de virar moda em outras partes do mundo, Budapest já era notável por abrigar diversos spas e estações termais – uma herança da ocupação turca durante o século 16. É uma atração muito convidativa, pois permite banhos em piscinas de águas quentes, enquanto a temperatura exterior pode chegar aos 2 graus. A terma mais emblemática é a Gellert Spa, que chama a atenção pelo tamanho e a arquitetura em estilo Art Noveau. A originalidade de Pest Do outro lado do Rio Danúbio, a outra parte da capital húngara se destaca pela mescla de edifícios no estilo Art Noveau com construções mais modernas. Na Praça da Liberdade, onde está localizada a Embaixada dos Estados Unidos, há um monumento construído pelos soviéticos em homenagem aos húngaros assassinados por nazistas e também uma estátua do ex-presidente americano Rolando Reagan, por sua atuação pelo fim da chamada Guerra Fria. Religiosidade Outra característica marcante de Budapest é a variedade de vertentes religiosas. Chama a atenção o tamanho da comunidade judaica, tanto é que a capital húngara abriga a Grande Sinagoga, a maior de toda a Europa. Compartilhe
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