trombose na gravidez
Saúde

Risco de trombose na gravidez é cinco vezes maior

O risco de trombose na gravidez é cinco vezes maior do que em mulheres não gestantes e até 30 vezes maior no pós-parto, na comparação com mulheres da mesma faixa etária que não estão grávidas.

O alerta é da Sociedade Brasileira de Trombose e Hemostasia (SBTH). No dia 13 de outubro é lembrado o Dia Mundial da Trombose, que tem como objetivo aumentar a consciência sobre a trombose entre profissionais da saúde, pacientes e entidades do governo e do terceiro setor.

Trombose na gravidez: o que é

A trombose ocorre quando um coágulo se forma no sistema circulatório, impedindo o fluxo sanguíneo.

A médica obstetra Venina Barros, do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (HCFM-USP) explica que normalmente, a trombose acomete os membros inferiores, causando inchaço e dor na área afetada, mas há risco de o coágulo se desprender e migrar na corrente sanguínea para o cérebro, pulmões ou coração, causando uma embolia, que pode ter consequências mais graves.

Segundo ela, a embolia pulmonar é o tipo de trombose mais comum durante o pós-parto, podendo causar quadros respiratórios graves e até mesmo levar à morte. 

De acordo com a médica, “Durante a gestação, ocorre o aumento de fatores de coagulação para evitar hemorragias, além do aumento de peso e surgimento de varizes, que podem favorecer o desenvolvimento de trombose”, afirma.

Trombose na gravidez: fatores de risco

Ela explica que existem diversos fatores de risco para a trombose que devem ser avaliados e levados em consideração durante a hospitalização de gestantes. “A gestante que já apresentou uma trombose prévia é a paciente de maior risco. Infecções graves, como infecção urinária e pneumonia, também são considerados fatores de risco”, diz a Dra. Venina.  

Além disso, destaca que é preciso ter atenção às gestantes que ficam de repouso no leito durante o dia e noite, por motivos médicos, como ameaça de abortamento, parto prematuro ou por apresentar depressão durante a gravidez. A médica aponta que a principal orientação para gestantes e qualquer paciente hospitalizado é levantar, fazer exercício e mexer as pernas, para evitar a formação dos coágulos sanguíneos nos membros inferiores. Já nos casos de alto risco, a prevenção é feita com o uso de heparinas de baixo peso molecular, que garantem a segurança biológica, ou seja, não afetam o bebê e eliminam o risco de hemorragia para o feto. 

Trombose na gravidez: tratamento

A pesquisadora explica que o tratamento é realizado com anticoagulantes, podendo ser tratado a nível ambulatorial, ou seja, sem a necessidade de internação, ou durante a hospitalização, a depender o caso. “O tratamento da trombose deve ser feito por, no mínimo, três meses, e após esse período será avaliado em que época da gestação a paciente se encontra para determinar a manutenção do medicamento”, afirma Dra. Venina. Já o tratamento da embolia pulmonar de gestantes, por constituir um quadro mais grave, deve ser sempre feito com a paciente hospitalizada, sendo implementado por três a seis meses. 

Trombose na gravidez: como prevenir

Ela ressalta a importância da conscientização das pacientes, por meio de iniciativas como o Dia Mundial da Trombose, celebrado em 13 de outubro para aumentar a consciência sobre a doença, para que gestantes exijam uma avaliação de seu risco de tromboembolismo no momento da hospitalização. “Esse processo passa pela educação das gestantes e das pacientes, pois a pressão da população contribui para a melhoria no atendimento médico no momento da hospitalização, gerando medidas que podem salvar vidas”, preconiza. 

LEIA TAMBÉM:

O que é prebiótico e qual a diferença para probiótico

Você pode gostar também

Mais em:Saúde

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *