Ministério do Empreendedorismo cria espaço em Peruíbe para estimular negócios locais, qualificação profissional e economia criativa
Por MARCO SANTANA Compartilhe Compartilhe Experiências Ilha da Queimada Grande: um intrigante refúgio natural repleto de cobras 176 visualizações0 A Ilha da Queimada Grande também é conhecida como Ilha das Cobras por ser a segunda ilha com a maior concentração de cobras do planeta, perdendo apenas para a Ilha de Shedao, na China. Localizada a 35 quilômetros do litoral Sul de São Paulo, entre as cidades de Itanhaém e Peruíbe, a Ilha das Cobras é um lugar único e intrigante que guarda uma história rica e uma biodiversidade singular. Uma história que remonta a séculos A história da Ilha da Queimada Grande remonta a 1532, quando o explorador português Martim Afonso de Souza desembarcou em suas costas durante uma expedição colonizadora. Em busca de aves marinhas, os colonizadores incendiaram a ilha antes de partir, dando origem ao nome “Queimada Grande” e ao primeiro registro histórico do local. Área de Relevante Interesse Ecológico Ilhas da Queimada Pequena e Queimada Grande. Foto: Marco Rosa/IMCBio Ilhas das Cobras tem características únicas Com uma área de aproximadamente 430 mil metros quadrados, a ilha é composta por solo rochoso e não possui praias arenosas ou fontes de água doce. Apesar de sua inacessibilidade, a ilha faz parte da Área de Proteção Ambiental de Cananéia-Iguape-Peruíbe, demonstrando sua importância para a preservação ambiental da região. Lar de milhares de cobras A Ilha da Queimada Grande abriga cerca de três mil serpentes, a maioria delas da espécie jararaca-ilhoa, endêmica da ilha. Apesar da fama de “Ilha das Cobras”, apenas duas espécies de serpentes habitam o local: a jararaca-ilhoa e a dormideira (Dipsas albifrons cavalheroi), que é mais rara. Além das cobras, a ilha também é lar de outros animais, como lagartos, anfíbios e aves permanentes e migratórias que a visitam durante o ano. Acesso restrito e pesquisas científicas Devido ao difícil acesso e à presença abundante de cobras venenosas, a visitação à Ilha da Queimada Grande é proibida, exceto para pesquisadores autorizados. Ao longo dos anos, diversos estudos científicos foram realizados na ilha, contribuindo para o conhecimento da jararaca-ilhoa e de outras espécies que ali habitam. Um passado com habitantes No final do século XIX, a Marinha do Brasil instalou um farol na ilha, que era habitado por faroleiros responsáveis por sua manutenção. As frequentes queimadas realizadas pela Marinha na tentativa de controlar a população de cobras deram origem ao nome “Queimada Grande”. Em 1911, o faroleiro Antônio Esperidião da Silva enviou exemplares da jararaca-ilhoa para o Instituto Butantan, dando início às pesquisas sobre a espécie. Um farol automatizado e o fim da habitação humana Em 1925, os faroleiros foram retirados da ilha e o farol foi automatizado, marcando o fim da habitação humana na Ilha da Queimada Grande. Desde então, a ilha permanece como um refúgio natural intocado, preservando sua rica biodiversidade e história para as futuras gerações. Área de Relevante Interesse Ecológico Ilhas da Queimada Pequena e Queimada Grande Um símbolo da biodiversidade brasileira A Ilha da Queimada Grande é um símbolo da biodiversidade e da riqueza natural do Brasil. Apesar de sua inacessibilidade e dos perigos que representa, a ilha é um local de grande importância para a pesquisa científica e para a preservação ambiental. Sua história e suas características únicas a tornam um lugar fascinante que desperta a curiosidade e a admiração de todos que a conhecem. A Ilha da Queimada Grande e a Fascinante Jararaca-Ilhoa A Ilha da Queimada Grande, conhecida como a Ilha das Cobras, é um local único e intrigante que abriga uma população estimada de pelo menos 15 mil cobras, de acordo com biólogos do Instituto Butantan, que estudam a região desde 1911. Entre essas serpentes, duas espécies se destacam: a jararaca-ilhoa (Bothrops insularis) e a dormideira (Dipsas mikanii). A primeira, endêmica da ilha, não é encontrada em nenhum outro lugar do mundo, tornando-a um objeto de estudo de grande importância para a ciência. Comparação com a Ilha de Shedao e densidade populacional Em termos de concentração de serpentes, a Ilha da Queimada Grande perde apenas para a Ilha de Shedao, na China, que abriga cerca de 20 mil desses animais. No entanto, a Ilha da Queimada Grande detém o título de ter a maior densidade populacional de uma única espécie de serpente no mundo, devido à quantidade de jararacas-ilhoa presentes em seu território. Evolução da Jararaca-Ilhoa e adaptação ao ambiente O desenvolvimento da jararaca-ilhoa se deu devido ao isolamento geográfico, que separou a ilha do continente há cerca de 10 mil anos. Isoladas, as jararacas evoluíram e se adaptaram às condições específicas da ilha, desenvolvendo características que as distinguem de suas parentes continentais. Diferenças entre a Jararaca-Ilhoa e as cobras continentais Habilidade de subir em árvores: A jararaca-ilhoa desenvolveu a habilidade de subir em árvores, algo incomum para as jararacas do continente, permitindo que ela explore um nicho ecológico diferente e expanda seu alcance de caça. Veneno mais potente: O veneno da jararaca-ilhoa evoluiu para ser mais potente em suas presas específicas, principalmente aves migratórias. Sua picada pode ser fatal para seres humanos em até seis horas, tornando-a uma das cobras mais venenosas do Brasil. Tamanho: A jararaca-ilhoa é ligeiramente menor que a jararaca comum, com um comprimento médio entre 0,5 e 1 metro, enquanto a jararaca continental tem um tamanho médio de 1,2 a 1,6 metro. No entanto, a jararaca-ilhoa pode alcançar até 2 metros de comprimento, segundo o Butantan. Despejo de animais na ilha: mito ou verdade? Existe um mito de que a ilha foi utilizada para o despejo de animais, como cobras e macacos, durante a construção da Rodovia dos Imigrantes na década de 1970. No entanto, não há nenhuma evidência científica que comprove essa história. Atualmente desabitada e protegida Desde a automatização do farol na década de 1920, a ilha ficou desabitada. O desembarque de turistas é proibido, e apenas profissionais da área ambiental, com autorização especial, têm permissão para visitar o local. Desde 1985, a área é protegida como uma Unidade de Conservação Federal. Importância da pesquisa e preservação Segundo o Instituto Chico Mendes (ICMBIO), a Ilha da Queimada Grande e a jararaca-ilhoa são exemplos da rica biodiversidade brasileira e da importância da preservação ambiental. As pesquisas científicas realizadas na ilha contribuem para o conhecimento da espécie e para o desenvolvimento de soros antiofídicos, além de promover a proteção da fauna e flora local. LEIA TAMBÉM:Galápagos, o elo perdido com o início da vida no planeta Compartilhe
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