Demissão humanizada
Comportamento

Demissão humanizada: como mandar embora sem ferir a dignidade do empregado

A demissão não é um fato agradável para quem recebe a notícia, e muitas vezes ruim até para quem precisa mandar embora o empregado.

Muitas vezes, demitir um colaborador é uma necessidade da empresa, para reduzir custos ou mesmo promover trocas na equipe em busca de maior eficiência.

Mas é possível atenuar os efeitos negativos da situação, com estratégias que buscam não piorar o que já é péssimo.

É a chamada demissão humanizada, que tem como principal objetivo respeitar a dignidade e as emoções do profissional.

A demissão humanizada é uma resposta à crescente conscientização sobre a importância da saúde emocional dos empregados, mesmo quando eles estão saindo da empresa. Não se trata apenas de uma tendência ética, mas também de uma estratégia inteligente de negócios, pois pode ter um impacto positivo na marca da empresa, inclusive na maneira como ela é avaliada pelos demais profissionais que permanecem no emprego.

Afinal, com que ânimo a pessoa vai trabalhar ao testemunhar o colega sendo demitido de modo desrespeitoso? Certamente, vai pensar que pode ser o próximo ou que, quando sua hora chegar, será demitida da mesma maneira.

Especialista em Recursos Humanos, Flávio Legieri, destaca que as empresa precisam ter empatia com seus colaboradores.

Segundo ele, práticas de empatia contribuem para a reputação de qualquer companhia, promovendo uma cultura de respeito e cuidado com as pessoas e pode até mesmo resultar em uma maior lealdade e recomendação dos ex-funcionários”, afirma Legieri, que é CEO da Intelligenza IT, empresa de RH.

“A demissão humanizada cumpre um papel social importante, posicionando a organização como parte integrante da sociedade, preocupada com o impacto de suas ações”, afirma Legieri, que ainda ressalta a importância do processo ser transparente do começo ao fim. “É necessário entender, que essa é uma abordagem que tem início como uma gestão de pessoas verdadeiramente humanizada. O foco deve abranger todo o ciclo de vida do colaborador na empresa, já que, em muitos casos, a demissão resulta de escolhas erradas ou falhas na condução do desenvolvimento profissional”. 

Para efetivamente implementar a demissão humanizada, é necessário a criação de processos que avaliem e melhorem a experiência do colaborador e o desenvolvimento de líderes capazes de conduzir essa abordagem no dia a dia da empresa. Legieri compartilha algumas características que irão auxiliar as empresas a tornarem essa prática natural e simples.

Demissão humanizada
Demissão humanizada: como mandar embora sem ferir a dignidade do empregado

Como realizar a demissão humanizada

1 – Comunicação transparente: uma conversa aberta ajuda os colaboradores a entenderem melhor a situação e a aceitarem o desligamento de maneira mais suave.

2 – Apoio pós-demissão: buscar oferecer suporte aos ex-colaboradores após a demissão, como aconselhamento de carreira, treinamento para reinserção no mercado de trabalho e assistência na busca por novas oportunidades.

3 – Respeito: neste momento é imprescindível que as empresas busquem manter a integridade dos profissionais, evitando qualquer constrangimento, bem como espaço para se despedir dos demais colegas. Vale também dar a oportunidade para que comente sobre o que está sentindo e suas considerações em relação ao tempo de casa e até mesmo sobre o processo de rescisão do contrato. 

4 – Feedback: proporcionar um feedback construtivo,  ajudando-os a entender áreas em que podem melhorar para futuras oportunidades.

5 – Revisão de processos internos: realizar uma avaliação sobre os processos internos de demissão ajudam a garantir que eles se alinhem com os princípios da demissão humanizada e atendam aos padrões éticos mais elevados.

LEIA TAMBÉM:

Inteligência Afetiva potencializa uso da Inteligência Artificial

Você pode gostar também

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *