Alinhamento de Rosana Valle com Bolsonaro não é conveniência, mas convicção

Durante os seus dois anos e cinco meses de mandato como deputada federal, Rosana Valle buscou ao máximo se desvincular da condição de bolsonarista  — apesar de todas as suas votações e opiniões serem alinhadas ao presidente Jair Bolsonaro. Mas, esta semana, ela deixou claro que seu alinhamento com Jair Bolsonaro não é por conveniência, mas convicção.

Apesar dos vários posicionamentos indefensáveis de Bolsonaro, Rosana Valle silencia ou, quando muito, os minimiza, argumentando que está “trabalhando pela região” e não é “nem de esquerda nem direita”.

Na quinta-feira (25), ao ser questionada sobre seu silêncio diante da agressão do presidente do Bolsonaro uma jornalista em Guaratinguetá, a deputada reagiu como uma típica bolsonarista: tentou tentar desqualificar o jornalista e o questionamento, repetindo a ladainha de que o profissional (o excelente Sandro Thadeu, de A Tribuna), era “de esquerda” e “sindicalista”.

“Não vou falar mal do presidente”, disse. “Não sou de fofoca”, disse no programa “3 em Pauta”, da rádio Ômega FM, conduzido pelo jornalista Anderson Firmino.

Reincidente

Não é a primeira vez que Rosana Valle tenta desqualificar um jornalista e o questionamento. Ao participar do programa “Ponto de Vista”, demonstrou irritação ao ser perguntada sobre seu alinhamento ao governo Bolsonaro. Ao falar que “não tinha a mesma ideologia do jornalista”, Rosana Valle foi lembrada de que uma pessoa em cargo público deve estar preparada não apenas para as perguntas que a agrada, mas também para as que a população precisa saber.

Uma semana depois desta entrevista, foi revelado que Rosana Valle foi contemplada no tratoraço, o orçamento paralelo do governo federal que distribui verbas em troca de apoio parlamentar.

Rosana Valle anunciou entrega de trator com verba federal