Jornal Cidade de Santos

Tarquínio, o crioulo que deixava muita gente doida

Advogado, jornalista e cantor (dos bons), Esmeraldo Tarquínio Filho foi eleito prefeito de Santos em 1968, mas não assumiu. Tarquínio tinha um perfil político claramente mais à esquerda, mas estava muito longe de ser um radical. Ao contrário. Bem humorado, inteligente e sedutor, mantinha relação cordial com todos, até mesmo os adversários mais ferrenhos.

Para os gorilas da ditadura, era inconcebível deixar um negro governar uma cidade importante como Santos. Baseado no famigerado Ato Institucional 5 (AI-5), os direitos políticos de Tarquínio foram cassados.

Numa atitude digna, seu vice, Oswaldo Justo, recusou-se a assumir o cargo. Assim, a ditadura nomeou um prefeito, o general Clóvis Bandeira Brasil, iniciando um período de jejum eleitoral na cidade de Santos.

Desde o primeiro dia da gestão intervencionista, o Cidade de Santos foi extremamente crítico contra o sequestro democrático e promoveu uma campanha intensa e permanente na defesa da retomada da autonomia política de Santos.

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