Demência: o que é, sintomas, causas e tratamentos
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Demência: o que é, sintomas, causas e tratamentos

A demência é uma síndrome que afeta as funções cognitivas do cérebro, incluindo a memória, o raciocínio, a linguagem e as habilidades sociais. A doença pode ser causada por diferentes condições neurodegenerativas, sendo a mais comum a Doença de Alzheimer. Embora a demência seja mais comum em idosos, não é uma parte normal do envelhecimento e pode ser tratada e gerenciada com o diagnóstico correto e os cuidados adequados.

Neste artigo, vamos discutir os sintomas, causas e tratamentos da demência, bem como fornecer informações úteis para ajudar você a entender melhor essa condição e ajudar a combater a estigmatização dos pacientes.

Infelizmente, a demência é uma doença neurodegenerativa comum em idosos, e sua incidência tem aumentado à medida que a expectativa de vida da população aumenta. De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), estima-se que existam cerca de 50 milhões de pessoas com demência em todo o mundo. Serviços de homecare e casa de repouso também podem auxiliar bastante no tratamento. 

Com o envelhecimento da população, o número de pessoas com demência só deve aumentar nas próximas décadas. No entanto, a conscientização e a compreensão da doença estão crescendo, e há muitas pesquisas sendo realizadas para desenvolver novos tratamentos e estratégias de cuidados. Com os avanços na ciência e na medicina, esperamos que um dia possamos encontrar uma cura para esta doença debilitante.

Sintomas da Demência

Os sintomas da demência variam de pessoa para pessoa, dependendo da causa subjacente da doença. No entanto, alguns dos sintomas mais comuns incluem:

  • Perda de memória
  • Dificuldade em encontrar palavras ou falar
  • Problemas de raciocínio e resolução de problemas
  • Alterações de humor e comportamento
  • Perda de habilidades sociais
  • Dificuldade em realizar tarefas simples
  • Perda de interesse em atividades que antes eram prazerosas.

Esses sintomas podem afetar a qualidade de vida do paciente e também podem ter um impacto significativo na vida dos cuidadores e da família.

Causas da Demência

A demência pode ser causada por várias condições neurodegenerativas, incluindo a Doença de Alzheimer, a demência vascular, a demência com corpos de Lewy e a demência frontotemporal. Cada uma dessas condições tem suas próprias causas e sintomas específicos.

A Doença de Alzheimer é a forma mais comum de demência e é caracterizada pela perda progressiva de células cerebrais e placas e emaranhados que se acumulam no cérebro. A demência vascular é causada por danos aos vasos sanguíneos que fornecem sangue ao cérebro, enquanto a demência com corpos de Lewy é causada pela acumulação de proteínas anormais no cérebro. Já a demência frontotemporal é causada pela degeneração das áreas do cérebro responsáveis pelo comportamento e pela personalidade.

Diagnóstico da Demência

O diagnóstico pode ser difícil, pois os sintomas podem ser semelhantes aos de outras condições médicas. Além disso, muitas pessoas tendem a subestimar seus sintomas ou os consideram como parte normal do envelhecimento.

Se você ou um ente querido estiver experimentando sintomas de demência, é importante procurar aconselhamento médico imediatamente. O médico pode realizar uma avaliação completa da saúde e histórico médico e realizar testes de diagnóstico, incluindo testes neuropsicológicos, testes de imagem cerebral e exames de sangue.

Prevalência e causas

A demência é uma condição que afeta um grande número de pessoas em todo o mundo. De acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), cerca de 50 milhões de pessoas em todo o mundo têm demência, sendo que a maioria delas são idosas. No entanto, a doença também pode afetar pessoas mais jovens, embora seja menos comum.

Embora a causa exata ainda não seja completamente compreendida, sabe-se que ela é provocada por uma série de fatores, incluindo o envelhecimento, fatores genéticos e ambientais e lesões cerebrais. Alguns dos principais fatores de risco incluem hipertensão, diabetes, tabagismo e obesidade.

A demência é geralmente provocada por doenças neurodegenerativas, como a Doença de Alzheimer, que é responsável por mais de 60% dos casos de demência, a Doença de Parkinson, a Doença de Huntington, a Esclerose Múltipla e a Demência Vascular. Além disso, a demência pode ser causada por condições médicas subjacentes, como infecções, desnutrição, hipóxia cerebral e distúrbios hormonais.

Sintomas

A demência é uma condição que se caracteriza pela deterioração progressiva das funções cognitivas, incluindo a memória, o raciocínio, a linguagem e as habilidades sociais. Os sintomas da demência podem variar de acordo com a causa subjacente da doença e a gravidade da condição. Alguns dos sintomas mais comuns incluem:

Perda de memória: a perda de memória é geralmente um dos primeiros sinais da demência. As pessoas podem esquecer nomes, datas importantes, eventos recentes e informações importantes.

Dificuldade em realizar tarefas cotidianas: as pessoas com demência podem ter dificuldade em realizar tarefas simples, como se vestir, cozinhar e realizar tarefas domésticas.

Problemas de comunicação: as pessoas com demência podem ter dificuldade em encontrar as palavras certas, expressar seus pensamentos e compreender as instruções.

Mudanças de humor: as pessoas com demência podem experimentar mudanças de humor, como irritabilidade, ansiedade, depressão e agressividade.

Perda de habilidades sociais: as pessoas com demência podem perder a capacidade de se relacionar com os outros e se tornarem isoladas e solitárias.

Diagnóstico

O diagnóstico da demência geralmente começa com um exame médico e neurológico detalhado para avaliar a função cognitiva do paciente. Além disso, podem ser realizados testes de sangue e de imagem, como tomografia computadorizada (TC) e ressonância magnética (RM), para descartar outras causas, como um tumor cerebral ou um acidente vascular cerebral.

O médico também pode avaliar o histórico médico do paciente, bem como o histórico familiar, para identificar fatores de risco genéticos ou ambientais que possam estar contribuindo para a doença.

Demência: o que é, sintomas, causas e tratamentos
Demência: o que é, sintomas, causas e tratamentos

Tratamento

O tratamento da demência depende da causa subjacente da doença e pode variar significativamente. Embora não haja cura para a demência, existem tratamentos e estratégias que podem ajudar a controlar seus sintomas, melhorando a qualidade de vida do paciente e prolongando sua independência.

Os tratamentos incluem medicamentos e terapias não farmacológicas. Os medicamentos são usados ​​para tratar sintomas específicos da demência, como problemas de memória, ansiedade, depressão, agitação e distúrbios do sono. A terapia não farmacológica pode incluir uma variedade de técnicas, como terapia ocupacional, fisioterapia, terapia da fala e música ou arte terapia.

Além disso, há muitas medidas que podem ser tomadas para ajudar a melhorar a qualidade de vida do paciente e retardar a progressão da doença. Estas incluem a prática de atividades físicas e mentais, manter uma dieta saudável e equilibrada, socializar com outras pessoas, reduzir o estresse e manter um ambiente calmo e seguro em casa.

Também é importante que os cuidadores tenham um bom suporte emocional e informacional. Ajudá-los a entender a doença e suas implicações pode ajudar a reduzir o estresse e a ansiedade, melhorando a qualidade do cuidado que eles prestam.

Embora a demência não tenha cura, existem medicamentos e tratamentos que podem ajudar a controlar os sintomas e melhorar a qualidade de vida dos pacientes.

Medicamentos para o tratamento

Os medicamentos mais utilizados no tratamento das demências são o donepezil, a rivastigmina, a galantamina e a memantina. Esses medicamentos foram desenvolvidos principalmente para o tratamento da doença de Alzheimer, mas eles também podem ser usados para outros tipos de demência.

O donepezil, a rivastigmina e a galantamina são inibidores da colinesterase, ou seja, eles aumentam a quantidade de acetilcolina no cérebro. A acetilcolina é um neurotransmissor envolvido na transmissão dos impulsos nervosos. Esses medicamentos atuam preferencialmente sobre os sintomas relacionados à perda de memória.

Já a memantina é um antagonista do receptor NMDA, que regula a quantidade de glutamato, um neurotransmissor excitatório. A memantina parece apresentar algum grau de proteção contra a progressão da doença, mas esse efeito não é muito relevante. Na prática, o tratamento com esses medicamentos visa aliviar os sintomas e melhorar a qualidade de vida do paciente.

Além desses medicamentos, o médico também pode prescrever medicamentos específicos para tratar outros sintomas associados à demência, tais como depressão, distúrbios do sono, alucinações, parkinsonismo ou agitação.

Tratamentos sem comprovação científica

Existem diversos tipos de medicamentos e substâncias que já foram testados no tratamento das demências. No entanto, poucos apresentaram qualquer evidência de eficácia. A seguir, listamos alguns tratamentos que não apresentam eficácia comprovada por estudos clínicos:

  • Estatinas
  • Ômega 3
  • Ginkgo Biloba
  • Reposição de estrogênio
  • Anti-inflamatórios
  • Reposição de vitaminas (exceto vitamina E)

A administração de 2000 UI de vitamina E é a única que apresenta algum suporte na literatura científica. Apesar de não haver ainda nenhum estudo grande e definitivo, pequenos ensaios clínicos parecem mostrar um pequeno benefício com a suplementação de vitamina E.

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