Por marcozero Compartilhe Compartilhe Viagem Conheça a história do descobrimento de Machu Picchu 1391 visualizações0 Antes de o arqueólogo norte-americano Hiram Bingham chegar a Machu Picchu, em 24 de julho de 1911, diversos outros exploradores já haviam estado na Cidade Perdida. Mas ele é considerado o descobridor deste símbolo do império inca pois foi o primeiro a limpar, fotografar, descrever, estudar e analisar o local. Após a primeira visita em 1911, ele realizou três expedições científicas bem equipadas (1912, 1914 e 1915). O resultado da descoberta foi revelado ao mundo em uma reportagem da revista National Geographic, com fotos tirada pelo próprio Bingham. Primeiras fotos de Machu Picchu, tiradas por Hiram Birgham, em 1917 Exploradores Diversos outros exploradores ficaram sabendo da existência de uma cidade inca perdida. Alguns não deram muita importância (se limitaram a registrar o fato em mapas ou diários, sem visitar ao local). Outros foram até Machu Picchu, mas apenas com o objetivo de retirar objetos e vendê-los como relíquias. Alemão A primeira referência cartográfica de Machu Picchu é de 1874. Um mapa elaborado por um engenheiro alemão, Herman Gohring, menciona uma localidade chamada “Macchu Picchu”. A localização é exata, mas Gohring errou (no mapa) a localização da montanha Huaina Picchu, colocando-a ao sul de Macchu Picchu. O engenheiro estava no Peru a serviço do governo peruano e teria feito uma expedição pelo Vale do Urubamba, a pé. Mas em seu relatório não mencionou ter visitado o local. Francês Em 1880 o explorador francês Charles Wiener menciona a existência de ruinas em Machu Picchu, embora não tenha visitado o local. Alemão Entre 1867 e 1870, o engenheiro alemão Augusto Berns (dono de uma madeireira que fornecia material para a estrada de ferro que estava sendo construída naquela região) descobriu e descreveu “uma cidade de construções rústicas e estruturas subterrâneas que tinham sido fechadas com pedras” e pediu permissão ao governo peruano para “retirar dali objetos de grande valor, parte do tesouro dos Incas”. Com a aprovação do então presidente peruano, Jose Balta, Berns teria saqueado Machu Picchu, vendendo a colecionadores europeus e norte-americanos — Balta ficaria com 10% dos valores das vendas. O mapa elaborado por Berns indica sua madeireira no local onde hoje está o povoado de Águas Calientes e “point huaca inca”, no local exato onde está Machu Picchu. Italiano Entre 1850 e 1860, o explorador e geógrafo italiano Antonio Raimondi explorou o Vale de Urubamba, mas apesar de procurar, não conseguiu encontrar Machu Picchu. Peruano Em 1902, o agricultor Augustin Lizarraga chegou a Machu Picchu e deixou no local a inscrição em uma pedra: “Lizarraga, 14 de julho de 1902. No entanto, ao tentar voltar às ruínas, acabou morrendo afogado ao tentar atravessar o rio Urubamba, que tinha forte correnteza por ser épca de chuva. Ingleses O missionário Batista inglês Thomas Payne, que viveu no Peru entre 1903 e 1952, teria visitado Machu Picchu em 1905. Ele teria ajudado Hiram Bingham na expedição de 1911, inclusive emprestando equipamentos. No entanto, em nenhuma parte ele é citado no relato de Bingham. Outro inglês, Sir Clements Markham publicou em 1910, em Londres, o livro “The Incas of Peru”, que traz um mapa citando Machu Picchu. Markham era geógrafo, explorador, escritor e secretário da Royal Geographical Society. Outro que afirma ter chegado Machu Picchu foi um missionário Batista ingles chamado Thomas Payne,. Ele e prestado auxílio a Missionário Thomas Payne Em 1910 o inglês Sir Clements Markham publicou em Londres o livro “The Incas of Peru”, e em suas páginas há um mapa citando Machu Picchu. Markham era geógrafo, explorador, escritor e secretário da Royal Geographical Society . Esteve no peru em 1853, para pesquisar as propriedades medicinais de uma planta chamada cinchona na cura da malária (a planta produz quinino). Retornou ao Peru em 1859, recolheu mudas e sementes da planta e as levou para Índia, Myanmar e Sri Lanka, na época sob domínio inglês, onde foram iniciados cultivos da chichona. Indiana Jones da vida real Hiram Bingham foi professor de História na Universidade de Yale, especializado em História dos países latinos das Américas. Era conhecido por seu entusiasmo nos trabalhos de campo —o que acabou inspirando a criação do célebre Indiana Jones, personagem de cinema interpretado por Harrison Ford. O chapéu usado por “Indy” é uma clara homenagem a Bingham. A chegada de Hiram a Machu Picchu No verão de 1911, Hiram Bingham chegou ao Peru com uma pequena equipe de exploradores na esperança de encontrar Vilcabamba, a última fortaleza inca a ser devastada pelos espanhóis. Viajando a pé e de mula, Bingham e sua equipe foram de Cuzco ao vale de Urubamba, onde um fazendeiro local, Melchor Arteaga, contou a eles sobre ruínas no topo de uma montanha próxima, que ele chamava de Machu Picchu (língua nativa quíchua, “pico antigo”). Por um dólar, Arteaga guiou a expedição até as ruínas. No caminho, juntou-se ao grupo um menino chamado Pablito Richarte, que morava entre a fazenda de Arteaga (em Águas Calientes) e Machu Pichu. Este menino ficou com a tarefa de guiar a expedição de volta. Ao chegaram ao local, Bingham se viu em uma cordilheira entre dois picos irregulares, cercado por montanhas distantes e cobertas de neve, a 610 metros acima do furioso rio Urubamba. A selva havia praticamente consumido o local, mas Bingham conseguia distinguir vários terraços cobertos de pedra e paredes feitas de pedras de granito esculpidas que provavam que uma cidade já esteve naquele precipício remoto e acidentado. Bingham montou o tripé e a câmera naquele dia e passou a tarde fotografando. Nos meses seguintes, ele e sua equipe limparam a selva das ruínas, descobrindo casas, templos, degraus e terraços requintadamente construídos. Estava descoberta Machu Picchu, a Cidade Perdida! A paternidade da descoberta Hiram Bingham já tinha conhecimento das informações de Charles Wiener e Herman Gohing sobre a Cidade Perdida. Mas ele é considerado o descobridor de Machu Pichu por ter realizado um trabalho de exploração científica no local. Os peruanos consideram Lizarraga, Payne e Berns apenas como “pessoas que foram até Machu Picchu” — os dois primeiros por mera curiosidade e o terceiro apenas para saquear o local. Bingham nunca afirmou ter sido o primeiro a pisar em Machu Pichu, dizia que “foram os nativos peruanos os primeiros a chegarem lá”. Bingham retornou várias vezes a Machu Picchu, em expedições bem organizadas. Levou para a Universidade de Yale cerca de 40 mil objetos (cerâmicas, múmias, ossos, etc), que foram devolvidos em 2007 após acordo entre a universidade e o governo peruano. LEIA TAMBÉM: Machu Picchu, uma cidade envolta em misticismo e mistérios Regras rígidas buscam evitar turismo predatório Compartilhe
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