Por marcozero Compartilhe Compartilhe Coronavírus Com Bolsonaro, Brasil se tornou um país tóxico 849 visualizações0 Por ação ou omissão do presidente Jair Bolsonaro, o Brasil tornou-se o epicentro da pandemia, a ponto de outras nações estudarem medidas que, na prática, promovem o isolamento global do Brasil. O número de casos e mortes no Brasil são assustadores. Os demais países temem que a situação brasileira, que já é péssima, fique totalmente incontrolável, a ponto de o país contaminar outras nações com cepas resistentes até mesmo às vacinas que vem sendo aplicadas. Sob Bolsonaro, o Brasil se tornou um país tóxico. Foi preciso uma pandemia para uma parcela da população que foi decisiva na eleição de 2018 perceber que Jair Bolsonaro não tem habilidades e competências para ser presidente do Brasil. Bolsonaro dá mau exemplo O comportamento do presidente Jair Bolsonaro é um dos fatores que contribuíram para se chegar à uma situação tão caótica. Além de declarações lamentáveis (“é só uma gripezinha”; “e daí? Eu não sou coveiro?; “eu sou Messias mas não faço milagres”, “país de maricas” etc), Bolsonaro propagou mentiras, como recomendar o uso de medicamentos comprovadamente ineficazes e que o uso de máscaras é prejudicial. Desde o início da pandemia, o presidente provocou aglomerações por onde passou e colocou em dúvida a eficácia de medidas recomendadas por cientistas. Quem defende bovinamente o presidente pode se irritar, mas estes são os fatos. Como consequência, uma parcela significativa da população não aderiu como deveria às regras de distanciamento pessoal e ao uso de máscaras. Sabotagem do presidente Além da postura pessoal de Bolsonaro, também contribuiu para fazer o Brasil caminhar para o colapso as ações dele como governante. A mais grave foi a sabotagem sistemática das vacinas. Inicialmente, o presidente colocou em dúvida a segurança e eficácia das vacinas —chamava a Coronavac, hoje a vacina mais aplicada nos brasileiros (77% do total usado), de “vachina” e insinuou que quem tomasse vacina poderia “virar jacaré”. No ano passado, o governo federal deixou de fechar contratos com os laboratórios fabricantes de vacina e só começou a adquirir as doses este ano. Resultado: as vacinas chegam e são aplicadas a conta-gotas. Este ano, todos os prognósticos feitos pelo ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, para aquisição, entrega e aplicação de vacinas não se concretizaram. Especialistas alertam que, se continuar neste ritmo, a imunidade coletiva capaz de conter a pandemia no Brasil só será alcançada em 2022. É praticamente unânime entre especialistas em saúde a avaliação de que o comportamento do presidente Jair Bolsonaro prejudicou o enfrentamento da pandemia no Brasil. Além de promover aglomerações e incentivar o uso de medicamentos ineficazes contra a Covid-19, Bolsonaro atrapalhou a aquisição de vacinas, a única maneira de garantir o avanço da doença. O COMPORTAMENTO DE BOLSONARO NA PANDEMIA 26/02 – Primeiro caso de Covid-19 confirmado 10/03- Bolsonaro declara que coronavírus é “uma fantasia” 11/03- OMS declara estado de pandemia 11/03– Bolsonaro diz que “outras gripes já mataram mais do que essa” 17/03 – Primeira morte no Brasil 20/03 – Brasil declara calamidade pública. Bolsonaro diz que “é só uma gripezinha” 24/03- Em pronunciamento em cadeia nacional, Bolsonaro diz que, por conta de seu “histórico de atleta”, nada sentiria, voltando a classificar a covid-19 como “uma gripezinha”. 27/03- Bolsonaro diz que “infelizmente algumas mortes ocorrerão, paciência” 12/04– Bolsonaro diz que “essa qüestão do vírus parece que está indo embora” 10/04- Mil mortes 20/04- Número de mortes ultrapassa 300 por dia. Questionado, Bolsonaro diz: “Eu não sou coveiro” 28/04- 5 mil mortes. Bolsonaro diz: “E daí? Quer que eu faça o quê? Eu sou Messias mas não faço milagres” 30/07- Instituto Butantan oferece 60 milhões de doses de vacina, Ministério da Saúde não responde à proposta. 08/08- Brasil chega a 100 mortes. 15/08- Pfizer oferece 70 milhões de doses da vacina; Ministério da Saúde não responde à proposta 18/08- Butantan faz mais uma oferta de vacina; Ministério da Saúde não responde 24/09- Brasil adere ao consórcio Covax Facility para adquirir 42 milhões de doses de vacina, apenas 10% do que teria direito a comprar 07/10- Butatan faz terceira oferta de vacina; Ministério da Saúde não responde 20/10 – Ministro da Saúde, Eduardo Pazuello anuncia acordo com para aquisição de 45 milhões de doses da Coronavac, junto ao Instituto Butantan. 21/10- Pressionado pelo presidente Bolsonaro, Pazuello recua e afirma que a coronavac não será adquirida 10/11- Bolsonaro diz que o Brasil “tem que deixar de ser um país de maricas e enfrentar a pandemia de peito aberto” 10/12 – com 178 mil mortos, Bolsonaro diz: “Estamos vivendo o finalzinho da pandemia” 07/01- 200 mil mortes 25/02 – 250 mil mortos 27/02 – Maior número de mortes num único dia: 1.582 LEIA TAMBÉM: Se Bolsonaro erra feio quando a resposta certa é evidente, imagine em questões complexas! 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