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Política

Ciro Gomes, o encantador de si mesmo

O sincericídio cometido por Ciro Gomes nesta quarta-feira (31) é uma clara demonstração de que o candidato do PDT encantou-se consigo mesmo. De tanto receber elogios, até mesmo de adversários, o presidenciável subiu no pedestal de seu Olimpo pessoal e atira a responsabilidade pelo entendimento do que diz no receptor — e não nele.

Em reunião com empresários na Federação da Indústria do Rio de Janeiro (Firjan), Ciro Gomes rosnou: “É um comício para gente preparada. Imagina explicar isso na favela”.

Evidente. O pessoal “da favela” e muitos outros brasileiros simplesmente não entendem suas piruetas retóricas e enxurrada de números.

Ciro Gomes não entendeu, e pelo jeito não vai entender, que para ser eleito presidente do Brasil é preciso, primeiro, que a maior parte a população entenda suas propostas.

Prova disso é sua estagnação em todas as pesquisas eleitorais. Se é tão genial, a última Coca-Cola do deserta, a última bolacha do pacote, porque não emplaca?

No debate presidencial realizado domingo (28), Ciro chamou o ex-presidente Lula de “encantador de serpentes” —uma confissão enviesada de que o líder petista é realmente sedutor e ele, Ciro, uma serpente.

Mas, com a fala desastrosa aos engravatados, o pedetista demonstrou que toca a flauta para ele próprio bailar.

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