Jornal Cidade de Santos

Cidade de Santos

Apesar de todas as suas dificuldades e defeitos, o jornal Cidade de Santos pautou sua existência seguindo conceitos básicos e inegociáveis do jornalismo: a fiscalização implacável do poder (político, econômico ou de qualquer outra ordem); a apuração obsessiva dos fatos; a clareza na redação, respeitando a gramática mas sem abrir mão do estilo.
Ao longo do período em que circulou, entre 1º de julho de 1967 e 14 de setembro de 1987, o jornal Cidade de Santos abordou com entusiasmo os mais variados assuntos, em especial aqueles mais sensíveis às classes mais humildes da população.

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Era, sem dúvida, um jornal popular. A imagem do estivador, com um exemplar dobrado no bolso de trás da calça, é emblemática: leitura obrigatório do popular. Era nas páginas do Cidade que ele se informava e se sentia representado.
Denúncias de esquemas de corrupção, bebês nascendo sem cérebro, grupos de extermínio, aumento abusivo de preços nos mercados, filas no posto de saúde, problemas nos bairros…
— Vou chamar o Cidade! —era o grito de guerra dos cidadãos/leitores quando algo não ia bem.
Mais do que simplesmente relatar fatos históricos de sua época, o Cidade atuou de maneira decisiva para moldá-los, por meio de denúncias que ajudaram a mudar ciclos viciosos ou promovendo campanhas como a pela retomada da autonomia política de Santos.
Este livro também busca registrar a paixão e empenho dos profissionais que passaram pelo Cidade, cada uma em sua época e à sua maneira.
Infelizmente, muitos só percebem a importância de algo quando ele desaparece. Assim, esta obra quer alertar também como o Jornalismo é essencial na construção de uma sociedade mais justa, fraterna e civilizada.

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