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Atletas de Santos garantem medalhas nas Paralimpíadas

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A delegação de Santos nos Jogos Paralímpicos não retornou de Paris de mãos vazias. Foram três medalhas conquistadas por atletas naturais da cidade ou que defendem clubes locais. O destaque principal vem do atletismo, com duas medalhas e recorde paralímpico.

Beth Gomes, atual recordista mundial no lançamento de disco F53, para atletas que competem em cadeira de rodas, faturou novamente a prova. O lançamento de 17,37m ficou longe da melhor distância de sua carreira, 18,45m, mas foi o suficiente para garantir o ouro com folga e registrar uma nova marca histórica na competição.

Antes disso, Beth já havia alcançado a segunda posição no arremesso de peso F54. Apesar de competir contra adversárias de menor comprometimento físico-motor, a santista de 59 anos chegou ao pódio. Além disso, seu arremesso de 7,82m superou seu próprio recorde mundial para a categoria F53, que era de 7,75m.

A terceira medalha para Santos veio do goalball. Leomon Moreno, atleta do Santos FC, fez parte do elenco medalha de bronze nas Paralimpíadas. O Brasil venceu dois dos três jogos na primeira fase e goleou o Egito por 10 a 0 nas quartas de final. Porém, foi superado pela Ucrânia nas semifinais, 6 a 4, e faturou o terceiro lugar ao vencer a China por 5 a 3.

Brasil registrou participação recorde nas Paralimpíadas

Beth e Leomon foram parte da maior e mais vitoriosa delegação do país nos Jogos. O Brasil registrou participação recorde nas Paralimpíadas, com 280 atletas qualificados e a melhor campanha de sua história.

Paris 2024 foi a primeira vez que a delegação brasileira encerrou a competição entre os cinco melhores países no quadro de medalhas. No total, foram 89 pódios, incluindo 25 medalhas de ouro, sendo superada apenas por China, Reino Unido, Estados Unidos e Holanda.

Este sucesso é o retorno ideal para os investimentos feitos no esporte paralímpico. Especialmente para os recursos disponibilizados por meio do apoio das Loterias CAIXA, maior patrocinadora do Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB). Já são mais de R$ 355 milhões dedicados, com o contrato renovado mais uma vez em 2023.

Regulamentação dos sites de apostas esportivas pode direcionar mais recursos

Além disso, as Loterias CAIXA contribuem também com a destinação ao esporte brasileiro de cerca de 7% arrecadados com os jogos lotéricos. No ano passado, a fatia do CPB na divisão dos recursos foi de aproximadamente R$ 223 milhões, com outros R$ 15 milhões encaminhados ao Comitê Brasileiro de Clubes Paralímpico (CBCP).

A expectativa para 2025 é ainda mais positiva. A regulamentação dos sites de apostas esportivas pode direcionar mais recursos para o esporte nacional: na lei aprovada, 30% do arrecadado com a taxação das plataformas será encaminhado ao Ministério do Esporte.

A projeção do governo é de ao menos R$ 2 bilhões arrecadados desta maneira, o que significaria mais R$ 720 milhões injetados no esporte.