Jornal Cidade de Santos

Incêndio na Vila Socó, a maior cobertura do Cidade de Santos

O incêndio na Vila Socó impactou de maneira particular os jornalistas que participaram da cobertura da tragédia. Na noite de 24 de fevereiro de 1984, labaredas de mais de 50 metros de altura destruíram a favela com barracos sobre palafitas no mangue, paralelo à Via Anchieta, em Cubatão, onde havia cerca de 1,2 mil barracos com aproximadamente 6 mil moradores. Uma investigação do Ministério Público identificou 508 vítimas fatais do incêndio, provocado pelo derramamento de 700 mil litros de gasolina no mangue.

A cobertura do incêndio foi a maior já feita pelo Cidade de Santos. Envolveu uma grande equipe de profissionais, acostumados às amarguras enfrentadas pela população pobre no dia a dia. Mas aquela noite foi diferente.

A cobertura “Uma noite de fogo e morte” do Cidade rendeu o prêmio Saturnino de Brito de Jornalismo, conferido pela Sabesp. A placa alusiva à honraria decora uma das paredes do escritório do jornalista Abissair Rocha.

“Mas eu não me orgulho nem um pouco de ter ganhado. Foi a cobertura mais sofrida que eu já fiz, diz o jornalista Abissair Rocha, o primeiro a chegar ao local, lembrando das cenas horripilantes que testemunhou naquele trágico dia.

A página seguinte ao caderno dedicado à tragédia registrou a alegria do baile “Uma noite dos Mares do Sul”, no Ilha Porchat Clube

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